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Projeto Casarões resgata valor de patrimônios históricos de Belém

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A bibliotecária Elaine Ribeiro é colecionadora do jornal desde o projeto “Era de Ferro”, de 2012. (Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)

Em suas últimas quatro edições, o DIÁRIO publicou por dia um encarte da série “Casarões”, em homenagem aos 402 anos de Belém. Com patrocínio da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra), a série ofereceu ao leitor modelos para confecção de miniaturas do Palacete Pinho, do Palacete Bolonha, do Palácio Lauro Sodré e do Palácio Antônio Lemos, acompanhados de fascículos com informações históricas e arquitetônicas de cada um, assim como as instruções de montagem das maquetes.

“Eu vejo (o projeto) como um incentivo para que as pessoas conheçam um pouco mais sobre o patrimônio de Belém e aprendam a valorizar”, conta Elaine Ribeiro, bibliotecária e colecionadora das maquetes do DIÁRIO. “Porque as pessoas têm de conhecer para amar e a partir disso podemos conseguir que esses lugares sejam revitalizados”.

A coleção da funcionária do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) começou com o projeto “Era do Ferro”, publicado pelo jornal em 2012, quando maquetes de obras como a Estação Gasômetro, o Mercado de Peixe do Ver-o-Peso e a Torre do Relógio foram distribuídas junto com os jornais para os leitores. “E eu trago tudo para cá, para decorar, porque chama a atenção e a gente recebe muita gente de fora e de escolas também”, revela.

A bibliotecária exibe as miniaturas que enfeitam uma das mesas da Biblioteca Desembargador Antônio Koury, no TJPA. “Toda vez que leio sobre a história de Belém, eu me impressiono com o quanto ela é rica. Vivemos na cidade do já foi. Já foi de tudo, primeira em vários aspectos, a Paris n’América. É triste pensar que hoje a gente vê tudo se acabando”, acrescenta.

ATRATIVO

A universitária Cinthia Marques, 38, mora a poucos metros do Palacete Pinho e garante que o que não faltam são turistas. “A quantidade de gente que para aqui para tirar foto na fachada do prédio é muito grande. Eles querem entrar, mas não podem porque tá tudo fechado”, relata. “Quando foi reformado, nós moradores ficamos felizes achando que ia ser inaugurado, mas não fizeram nada com ele”, lamenta.

Residente de anos da Cidade Velha, Marques adora o bairro onde vive e se orgulha da importância histórica que ele carrega. “Belém tem uma cultura e história extremamente relevantes. Mas acho que falta a população valorizar, conhecer mesmo. Deveria haver mais programas de incentivo nesse sentido”, diz.

Por isso, a estudante elogia tanto a inciativa do DIÁRIO. “É excelente. Uma forma de fazer o paraense amar mais seu estado. Quem dera todos fizessem o mesmo”, pondera.

PRÓXIMA EDIÇÃO

Apaixonada por maquetes e dobraduras e conhecedora dos prédios históricos de Belém, já tendo trabalhado em construções como o Palácio Lauro Sodré e a Igreja da Sé, Elaine Ribeiro acredita que uma série histórica como “Casarões” e “Era do ferro” voltada para as igrejas da cidade seria um ótimo próximo passo para o jornal. “São lugares em que tu sentes a presença de outro momento histórico. Tu não te acostumas”, sugere a colecionadora.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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