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Detentos realizam ação ambiental na praia do Atalaia, em Salinópolis

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Detentos do Centro de Recuperação de Salinópolis, no nordeste paraense, participaram neste sábado, 23, da campanha “Praia limpa, verão com saúde”, na praia do Atalaia, em Salinópolis. Eles distribuíram sacolas plásticas para os veranistas colocarem o lixo produzido no local.

A campanha é uma ação do Projeto Conquistando a Liberdade, da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), que utiliza a mão de obra carcerária em trabalhos voluntários realizados em escolas públicas do Estado. Em Salinas, quatro detentos do regime fechado tiveram autorização da Justiça para participar da campanha de responsabilidade ambiental na praia.

Rogério Lima Alcântara cumpre pena há seis anos no Centro de Recuperação, no regime fechado, e foi a primeira vez que ele teve autorização da Justiça para deixar a unidade prisional. O detento não conhecia a praia do Atalaia. “Participar dessa ação é uma oportunidade de contribuir para conscientizar os veranistas sobre a importância de manterem a praia sempre limpa. Eu gostei muito da oportunidade de fazer esse trabalho e também de conhecer a praia do Atalaia”.

A campanha “Praia limpa, verão com saúde” conta com a parceria da Defesa Civil do Corpo de Bombeiros do Estado, que disponibiliza toda a infraestrutura necessária e apoio logístico à ação. “Nós estamos em parceria com a Susipe nessa ação de ressocialização com os detentos e apoiando a iniciativa de contribuir não só com a limpeza da praia, mas também com a recuperação deles através deste trabalho de responsabilidade social”, afirmou o coronel Francisco Cantuária, coordenador adjunto da Defesa Civil do Corpo de Bombeiros do Pará.

Para o detento Jonielson Sousa, o trabalho voluntário na praia também foi uma oportunidade de deixar o cárcere e contribuir com a preservação do meio ambiente. “Muito bom participar dessa ação. É uma grande oportunidade pra gente de fazer algo importante e útil. Muitos veranistas vêm pedir as sacolas de lixo pra ajudar a manter a praia limpa e mais bonita”.

Mais de duas mil sacolas plásticas foram distribuídas pelos detentos na praia do Atalaia. O coordenador de segurança do Centro de Recuperação disse que os veranistas aprovaram a ação ambiental. “Essa é a primeira ação que realizamos com detentos do regime fechado aqui na praia do Atalaia. Percebemos uma boa receptividade dos veranistas. No ano que vem vamos, com certeza, repetir a ação e com um número maior de detentos”, destacou Lauro Taborda.

Além de Mosqueiro e Salinas, a campanha ambiental realizada pelos detentos com a entrega das sacolas plásticas aos veranistas também será realizada este ano na praia do Tucunaré, em Marabá, no último final de semana das férias de julho.

“Em Mosqueiro já realizamos esta ação de verão pelo quarto ano consecutivo. Em Salinas trouxemos a campanha pela primeira vez este ano e no próximo final de semana também estaremos realizando o trabalho na praia do Tucunaré, em Marabá, com detentos do regime semiaberto, numa parceria entre a Susipe, a Prefeitura Municipal de Marabá e o Ministério Público. Mais de seis mil sacolas de lixo devem ser distribuídas”, destaca Ercio Teixeira, coordenador do Projeto Conquistando a Liberdade.

Bandeiras

Duas mil hastes, de dois e três metros de altura, para fixar as bandeiras de sinalização na praia de Salinópolis, foram confeccionadas por nove internos que cumprem pena no regime fechado e semiaberto no Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC). As bandeiras são urilizadas na sinalização do tráfego de carros na praia durante a Operação Verão 2017 que tem o objetivo de orientar os banhistas sobre os locais em que é permitido estacionar, e também reorganizar o trânsito na faixa de areia, a fim de evitar acidentes. Fora da área demarcada pelas bandeirolas não é permitido circular, apenas estacionar. Em 2016, a Operação zerou o número de acidentes na Praia do Atalaia.

A iniciativa é resultado da parceria entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), a Susipe e demais órgãos de segurança. Todas as 93 dúzias de ripão utilizadas para a confecção das hastes foram apreendidas e doadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Este é o quarto ano em que as bandeiras são confeccionadas na marcenaria do CRC. As bandeiras nas cores verde e laranja fixadas nas hastes foram confeccionadas por egressos que trabalham na Fábrica Esperança.

Por Timoteo Lopes

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